8 melhores práticas de segurança do trabalho no transporte de cargas perigosas

Conduzir qualquer tipo de veículo exige muito cuidado e atenção, especialmente para quem exerce a função de transportar cargas perigosas. O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) — órgão responsável pela infraestrutura de transportes no Brasil — define que os produtos de natureza perigosa são os de origem radiológica, química ou biológica, que apresentam riscos à população e ao meio ambiente.

Por meio da Resolução 5.232/16 foram modificadas as regras em relação aos tipos de transporte de cargas perigosas. São apresentadas cerca de 3 mil mercadorias que podem causar danos ao meio ambiente, à segurança pública e à saúde. Anteriormente apenas 90 produtos possuíam essa sinalização. Assim, o objetivo do órgão foi fazer com que esse tipo de transporte se tornasse mais seguro e organizado.

Pensando nisso, neste post, falaremos sobre algumas práticas de gestão de riscos. Acompanhe!

1. Ofereça os EPIs obrigatórios

É obrigatório que os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) estejam sempre no veículo, já que são os responsáveis por garantir a segurança do motorista e também do seu auxiliar, caso haja um. Eles devem ser utilizados ao longo do transporte de cargas perigosas e, especialmente, na hora de cargar e descargar o veículo.

2. Tome cuidado com a embalagem

Ao realizar o transporte de cargas perigosas, é necessário utilizar embalagens próprias. Afinal de contas, elas evitarão que alguém faça o manuseio do material sem ter conhecimento da espécie da mercadoria. Por esse motivo, algumas normas devem ser seguidas.

Impreterivelmente, as embalagens de cargas perigosas precisam conter seus riscos, a identificação bem explícita das singularidades do produto e a comprovação de adequação à conformidade. Além disso, elas devem ser feitas com um material resistente e duradouro, além de especificarem cor e volume que simplifiquem sua visualização. Assim, eliminarão as chances de que o manuseio seja feito de forma errada por engano.

Por fim, elas também devem ser fabricadas com materiais próprios para suportar as peculiaridades dos produtos nelas armazenados.

3. Seja cauteloso

Obviamente, isso é válido para todo tipo de viagem, mas principalmente para as que fazem o transporte de cargas perigosas. Lembre-se: é melhor prevenir do que remediar! Logo, ao dirigir, o motorista deve ser muito atencioso e cauteloso. Nunca devem ser feitos movimentos arriscados e, caso o motorista responsável sofra um mal-estar ou fique muito cansado e esteja com dificuldades para seguir viagem, ele deverá parar o veículo imediatamente.

É preciso estar consciente de que o transporte de cargas perigosas demanda ainda mais cuidado e responsabilidade, de forma que os prejuízos por qualquer falha ou acidente são ainda mais graves com relação a outras mercadorias.

Dessa forma, por exemplo, ao reconhecer eventos que possam trazer risco, como trechos de pouca visibilidade devido à neblina ou uma tempestade ao longo do percurso, é essencial que o veículo seja parado e permaneça assim até que sejam restabelecidas as condições seguras e torne-se possível dar prosseguimento à viagem.

Nessa modalidade de transporte, a direção defensiva deve ser colocada como prioridade, sendo possível prever todo tipo de acontecimento que possa vir a prejudicar a saúde do próprio motorista e de terceiros.

4. Não transporte outros itens junto

Na Resolução nº 3.665/2011, existe um artigo (artigo 12) que enfatiza que, no veículo no qual as cargas perigosas estão sendo transportadas, não pode conter nenhum tipo de mercadoria diferente. Isso inclui medicamentos, alimentos ou qualquer produto que seja de consumo humano ou, até mesmo, animal.

Esse artigo também ressalta que o veículo não deve ser utilizado para transportar pessoas ou animais, enquanto estiver trafegando com esse tipo de carga, sendo permitida a presença apenas do motorista e de seus auxiliares.

5. Alerte outros condutores

Infelizmente, há diversas situações de acidentes, em que os motoristas de outros veículos que passam pelo automóvel transportando a carga perigosa não sabem qual o tipo de produto que está em deslocamento, ou, até mesmo, derramado pela pista, por exemplo.

É primordial, nesse tipo de acontecimento, que o motorista responsável alerte os outros condutores, a fim de evitar que eles se aproximem ou, até mesmo, passem por cima do líquido derramado na pista, impedindo incêndios e outras situações mais graves.

6. Capacite os profissionais

Tenha sempre em mente que o motorista que realizará a viagem com cargas perigosas precisa ser muito bem capacitado e treinado para executar essa tarefa com responsabilidade e segurança. Para tal, há cursos específicos, com o objetivo de instruir, qualificar, aperfeiçoar e atualizar condutores, habilitando-os para conduzirem veículos de transporte de produtos perigosos.

A partir de aulas teóricas e de aulas práticas, será possível ter todo o suporte necessário para conhecer e aprender sobre as peculiaridades de alguns agentes químicos, entendendo como conciliar a segurança da carga e a dirigibilidade, quais são as ações preventivas e como agir em situações de acidente ou vazamentos, por exemplo.

Inclusive, o motorista será orientado com relação à legislação vigente e que se utiliza nesse tipo de deslocamento, à segurança veicular e também às melhores práticas para o processo de transporte de produtos perigosos.

7. Explore a importância de engajamento dos colaboradores

Essa é uma das formas de assegurar padrões de trabalho que protejam a saúde e a segurança da equipe, dos clientes e da comunidade. É preciso trabalhar de maneira intensa no engajamento de todos os funcionários, mantendo-os bem informados sobre as normas e os cuidados necessários.

8. Comunique os órgãos competentes

Uma regra essencial em situações de acidentes é comunicar o quanto antes os órgãos competentes, a fim de que todas as medidas sejam tomadas. Os Bombeiros, a Polícia Rodoviária e também os agentes que fazem a gestão da via, caso seja privatizada, devem ser comunicados do acontecido para que os riscos e danos sejam reduzidos.

Inclusive, também devem ser acionados os órgãos ambientais, especialmente se produtos tóxicos forem derramados próximos a rios, lavouras e outras localidades que possam proporcionar riscos de contaminação de pessoas e também do solo.

Por fim, agora, você já conhece os principais cuidados que devem ser tomados no transporte de cargas perigosas. Todavia, é importante ressaltar que alguns cursos e capacitações são necessários para a realização dessa modalidade. São eles: o Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CIPP), o Certificado de Realização do Curso de Movimentação de Produtos Perigosos (MOPP) e o Certificado de Inspeção Veicular (CIV).

Vale lembrar que é indicado contar com a ajuda de uma empresa de credibilidade no mercado, como a plataforma do Onisys. Ela é a ferramenta ideal para auxiliar na promoção da segurança do trabalho no transporte de cargas perigosas, reduzir os riscos de acidentes e gerenciar os colaboradores.

Agora que você conhece as melhores práticas de segurança do trabalho no transporte de cargas perigosas, entre em contato conosco e conheça os nossos serviços!

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